| CÂNCER DE BOCA |
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O Problema do Câncer de Boca .
O câncer de boca vem aumentando em incidência no Brasil e países em desenvolvimento.
Além do tabagismo e do alcoolismo, estes fatores, absolutamente conhecidos, agora se soma um risco a mais e que atinge pacientes não fumantes e não usuários de álcool o qual dever ser do pleno conhecimento dos médicos e pacientes.
Fazer sexo oral aumenta o risco de desenvolver câncer da boca e da garganta, de acordo com cientistas da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos.
O estudo sugere que o papilomavírus humano (HPV) contraído através desse tipo de contato sexual pode causar certos tipos de câncer de garganta - que afeta as tonsilas (amígdalas), a língua e a garganta - em homens e mulheres.
O risco aumenta conforme o número de parceiros. Segundo o estudo, o risco é nove vezes maior, por exemplo, para pessoas que relataram fazer sexo oral com mais de seis parceiros diferentes.
Os médicos ginecologistas já sabiam que infecções do vírus HPV são a causa da maioria dos cânceres do colo uterino. Cerca de 80% das mulheres sexualmente ativas serão infectadas pelo menos uma vez na vida.
A maioria das infecções pelo papiloma desaparece sem maiores conseqüências quando tratadas, mas algumas pessoas contraem variantes mais perigosas do vírus e podem acabar desenvolvendo câncer.
Pesquisadores encontraram a variante HPV16 - uma das que mais causa câncer - presente em tumores da boca de 72% dos pacientes estudados.
No caso da ligação entre o HPV e o câncer de garganta, o vírus se mostrou um fator de muito maior risco do que, por exemplo, o fumo ou e o consumo de álcool.
O sexo oral é a forma mais comum de transmissão do HPV, mas o contágio através do beijo também não pode ser descartado. Esse talvez o fato mais relevante.
É importante os profissionais da saúde saberem que pessoas sem os riscos tradicionais como tabaco e álcool podem mesmo assim desenvolver o câncer orofaríngeo.
Mesmo assim, as pessoas deveriam ser asseguradas de que o câncer orofaríngeo e da boca causados pelo vírus papiloma é relativamente incomum e a grande maioria das pessoas com uma infecção oral de HPV não desenvolverá o câncer de garganta.
Uma vacina, a qual protege contra as variantes 6, 11, 16 e 18 do HPV, já é disponível e a pesquisa reforça a necessidade de inocular jovens e adolescente visando à prevenção do câncer uterino.
Mas ainda não se sabe se a vacina realmente protege contra a infecção oral causada pelo papilomavírus.
O real papel no HPV no câncer da boca e da garganta necessita ainda de maiores estudos e os dados não são definitivos, porém aumenta ainda mais a responsabilidade de todos os médicos pela busca do seu diagnóstico precoce.
O exame da boca é muito simples incluindo o auto-exame feito pelo próprio paciente. Deverá ser feito removendo todos os tipos de prótese. Não necessita de nenhum equipamento podendo ser feito até à luz do dia. Incluir a palpação da língua e das estruturas da boca é essencial.
O exame deveria ser rotineiro em todos os pacientes adultos e de ambos os gêneros.
Devem-se procurar lesões brancas, vermelhas, pigmentadas ou nodulares. Uma ferida na boca, sem uma causa aparente, num paciente com ou sem fatores de risco é um dos sinais mais evidentes.
Como em qualquer situação quanto mais cedo o diagnóstico, maiores as chances de cura e menores serão as mutilações. O tratamento cirúrgico, a radioterapia ou a combinação de ambos oferecem as melhores perspectivas de cura numa fase inicial.
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| Por: Marcos Antônio Nemetz |
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